quinta-feira, 27 de maio de 2010

Relatos de usuários que sofreram más consequências através da rede.

Bullying virtual ou cyberbullying – é o nome que se dá para a humilhação por meios eletrônicos, seja por e-mail, por rede de relacionamentos ou por conversas instantâneas, anonimamente ou não.








Alguns casos:

Maio/2010, Serrano Guardia: Quem estuda nesse colégio sabe a repercussão que deu um Formspring e um blog que defamava alguns alunos da escola. Uma menina do 9ºano fez comentários ofensivos, divulgando-os nessas redes sociais, colocando fotos e tudo mais. Os alunos ofendidos eram os que possui várias amizades no colégio e que possui perfis bastante visitados e conhecidos nas mesmas redes. Isso pode ter ocorrido por inveja dos mesmos ou por puro prazer de ver os outros infelizes, mas, da mesma forma, os ofendidos não gostaram nem um pouco dessa ideia.

Luísa Freitas,19 anos: Quando ela estava no segundo ano do Ensino Médio, ela se tornou alvo de insultos e calúnias no orkut pelo fato de namorar o ex de outra garota do mesmo colégio. Essa garota criou perfis falsos com o intuito de xinga-la pelo orkut e para defamá-la para seu namorado. Como consequêcia, seu namoro chegou ao fim.


Adriana Jufünk, 21 anos: Ela namorava a 2 anos com um rapaz da mesma universidade, só que o namoro chegou ao fim devido as crises de ciúmes por parte dele. Descontente com o fim do relacionamento, ele decidiu criar uma comunidade no orkut que direcionava a sites da internet que continha fotos dela com pouca roupa e até mesmo nua. Além disso, a comunidade direcionava links ao seu próprio perfil e ao Fotolog que ele criou com as mesmas fotos.


Juliana Pires, 16 anos: Postou no Twitter que estava contente porque seus pais haviam viajado e que não havia nada melhor que isso, pois tinham deixado ela sozinha em casa. Aproveitando da inocência da garota perante ao perigo que corria, alguns garotos do bairro vizinho que rondavam por perto, viram o comentário e invadiram sua casa, levaram tudo que havia de valor e ainda a violentaram e fizeram com ela o que bem quiseram.



A universitária Brenda (nome fictício), de 17 anos, moradora de Belo Horizonte, nunca imaginou que a sua vida fosse se transformar ao simples toque de um mouse. No início do ano, ao ver na tela do computador foto e uma série de fofocas a seu respeito, a jovem ficou horrorizada e chorou de raiva. “É impressionante como alguém cria comunidades no Orkut e outras redes sociais inventando mentiras. Fiquei muito triste, pois as demais pessoas podem formar uma imagem errada a nosso respeito e agir com preconceito antes mesmo de nos conhecerem. Falam de tudo na internet, que a pessoa é gorda, chata, feia, gay e por aí vai”, lamenta a estudante que, muito magoada com a história, não gosta de alongar a conversa sobre o assunto nem se deixa fotografar. Nesse universo virtual com espaço de sobra para deboche, calúnias e invenções, principalmente entre adolescentes, Brenda não está sozinha.

No Brasil, 33% dos adolescentes admitem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying, caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. O dado consta em pesquisa divulgada ontem, Dia Mundial da Internet Segura, pela organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet, SaferNet Brasil, com sede em Salvador (BA).

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